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05 de maio, de 2020 | 18:30

Advogado representa mulher que gravou vídeo dizendo que caixão continha pedras

Autora do vídeo é da cidade de Jacutinga, no Sul de Minas, se apresentou em uma Delegacia de Polícia Civil e pediu desculpas pelo transtorno que causou com afirmações falsas

Reprodução
Quem souber quem é essa mulher deve acionar a polícia pelo Disque-denúncia 181 Quem souber quem é essa mulher deve acionar a polícia pelo Disque-denúncia 181

Chegou ao fim nessa terça-feira a busca da Polícia Civil de Minas Gerais, para identificar a autora de um vídeo em que autoridades de Belo Horizonte eram acusadas de terem enterrado caixões com pedras e pedaços de pau no lugar de supostas vítimas da Covid-19.

O advogado Alexsander Ribeiro, procurou hoje a Polícia Civil e informou que sua cliente, Valdete Pereira Zanco reconheceu ter errado e se desculpou pelo ocorrido.

Conforme o advogado, Valdete havia visto no Facebook um fato ocorrido em Belo Horizonte no qual caixões com pedras e pedaços de madeira haviam sido desenterrados para uma investigação policial.

Na data da gravação do vídeo, no interior da loja onde ela trabalha, também recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade. A explicação consta em uma nota divulgada no fim da tarde de terça-feira pelo advogado.

“Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao município de Belo Horizonte e seu ilustre prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu. Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Jacutinga (cidade de 26 mil habitantes próximo a Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais).

Conforme o advogado, a ocorrência foi lavrada e deixado registrado o incidente, “contribuindo com a Justiça e para que essa seja promovida".

Repercussão

O vídeo que circulou no momento em que muitas pessoas estão apreensivas por causa do coronavírus, as imagens tiveram grande repercussão nas mídias sociais. Uma denúncia foi feita junto à PCMG e a investigação foi aberta.

Muitas pessoas usaram o vídeo para questionar as medidas adotadas pela prefeitura da capital mineira para conter o avanço do novo coronavírus, como o fechamento do comércio e a manutenção do distanciamento social e até mesmo o alcance e a letalidade da doença, que já mantou mais de 7 mil pessoas no Brasil.

Na manhã dessa terça-feira (5), o chefe do 1° Departamento de Policia Civil em BH, delegado Wagner Sales chegou a cogitar o pedido de prisão preventiva da autora do vídeo.

Além disso, lembrou que a mulher poderia ser acusada de crime de denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e contravenção penal de provocação de tumulto ou pânico. “As penas para esses casos, somadas, podem chegar a nove anos de prisão, além de multa”, disse ele, sem saber que Valdete já havia se apresentado em uma delegacia no interior de Minas.

O delegado acredita que esse caso pode servir de exemplo para que outras pessoas tomem cuidado antes de espalhar notícias falsas. Segundo ele, isso só traz “dúvidas e incertezas”, além de poder prejudicar o próprio autor.

“Queremos alertar que este tipo de conduta pode trazer consequências graves tanto na esfera criminal quanto na cível. É preciso ter muito cuidado ao produzir e propagar conteúdo. As atitudes na vida virtual têm consequências na vida real. Crimes como difamação, calúnia e injúria podem ser cometidos”, explicou.
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Comentários

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Guilherme

10 de maio, 2020 | 03:25

“A Deputada Federal Carla Zambelli divulgou essa mesma notícia para a Rede Bandeirantes de televisão (e ao vivo).
A Desembargadora Marília Castro Alves, divulgou que Marielle Franco era associada com o Comando Vermelho.
A senhora Valdete Pereira, fez um vídeo a familiares, contendo suas indignações. Está última já foi intimada a responder inquérito policial, constrangida (pela polícia cívil) a pedir desculpas em vídeo já viralizado e processada em 3 artigos.”

Joao Carlos de Oliveira

07 de maio, 2020 | 19:35

“A onda em busca de 'notoriedade' está viva na cabeça de algumas pessoas. Além dos crimes, essa senhora queria a 'descoberta' de que existe e mora em Jacutinga, cidade que merece todo o nosso respeito, mas, se ela queria 'fama', agora merece ser 'punida', não exatamente ser presa. Pagar fiança, assinar termo circunstanciado e prestar serviços sociais em creche, hospital público, asilo de idosos etc. Quanto a algum fato que envolva pessoas, isso fica a cargo de quem foi injuriado, ofendido ou discriminado, tomar providências, mais um item que deve pesar em seus ombros, e tenha consciência de sua fala. Por que isso acontece? A Internet é 'invisível'? Se alguém faz isso ou aquilo, o outro pode trazer ao mundo a sua 'invenção'?”

Curto e Franco

07 de maio, 2020 | 17:34

“Errar , ela errou mesmo , mais nao vejo motivo pra condenaçao nao , mesmo porque o brasil ta usando essa pandemia como disputa politica .”

Teixeira

06 de maio, 2020 | 14:06

“Vou processar esta FDP PODEM TER SERTEZA moro em bh sua FDP”

Bolsonaro

06 de maio, 2020 | 10:07

“essa senhora e uma irresponsavel e deve responder por seus erros judicialmente,chega de noticias falsas.”

Jaeder Teixeira Gomes

06 de maio, 2020 | 08:59

“O "Direito de Expressão" é muito valioso, mas sozinho não é nada. Se não estiver acompanhado de responsabilidade é como um cheque sem fundo. Ou como voar com uma asa só; leva ao chão. Mas às vezes só a queda nos ensina a levantar. Não conheço a pessoa mas sei que é uma extensão de mim mesmo. E muitas vezes são os nossos atos falhos, ou dos nossos parceiros, que mais nos ensinam.”

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